Covid-19: risco de contágio pode cair pela metade com bloqueio dos assentos do meio
Na semana passada, vários sites americanos publicaram notícias sobre um novo estudo do MIT, que sugere que o bloqueio dos assentos do meio das aeronaves pode reduzir o risco de contágio por Covid-19 pela metade.
Antes de entrarmos nos detalhes, é importante destacar que, além do paper ainda não ter passado pela revisão por pares, o próprio autor do estudo, o premiado estatístico, Arnold Barnett, afirmou que as análises são uma estimativa aproximada dos riscos de se voar durante a pandemia do novo coronavírus.
De qualquer forma, o estudo, que foi publicado pela Med RX iv, aumenta a pressão sobre companhias aéreas que rejeitaram completamente o bloqueio de assentos do meio ou qualquer outra restrição que possibilitaria o distanciamento social no interior de suas aeronaves.
1. A probabilidade de contágio
De acordo com o estudo, as chances de contrair a Covid-19 de um passageiro próximo, em um voo com capacidade máxima (todos os assentos do meio ocupados), é de 1 em 4.300. Quando os assentos do meio ficam vazios, o risco cai quase pela metade, passando para 1 em 7.770.

Considerando uma taxa de mortalidade de 1%, de acordo com o modelo estatístico, a chance de morrer em decorrência da Covid-19 contraída dentro de uma aeronave é bem maior que a de morrer em um acidente de avião, cuja probabilidade é de 1 em 34 milhões.
2. Alguns “poréns” do estudo
Alguns pontos do estudo precisam ser levados em conta. Por exemplo, os autores não consideraram, em suas análises, o risco de contágio durante os processos de embarque e desembarque. Além disso, o estudo admitiu que todos os passageiros estariam usando máscara facial durante o voo, o que, por si só, já reduz consideravelmente o risco de contágio.
Outro ponto a ser considerado é que, mesmo sem uma política formal de bloqueio de assentos, nem todas as aeronaves voam lotadas. Antes desta pandemia, a média de ocupação dos voos, nos EUA, era de 85,1%. Essa taxa de ocupação também reduz o risco de contágio.
“Os cálculos, apesar de rudimentares, sugerem uma redução mensurável no risco de contrair Covid-19 quando os assentos do meio são deliberadamente deixados vazios”, explica o estudo. “A questão é se renunciar a 1/3 da capacidade de uma aeronave é um preço muito alto a ser pago pela precaução adicional”.
Essa é uma questão que tem sido avaliada pelas companhias aéreas do mundo todo, muitas das quais decidiram não aplicar a política de bloqueio de assentos do meio. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês) afirma que não é necessário reduzir a capacidade das aeronaves porque o ambiente da cabine dificulta naturalmente a transmissão do vírus.
3. A situação no Brasil
As três principais companhias aéreas que operam no Brasil – Azul, Gol e Latam – não estão aplicando formalmente o bloqueio dos assentos do meio.
No caso da Azul, que opera a maioria de seus voos em aeronaves Embraer que possuem layout 2-2, o bloqueio de assentos representaria uma perda de capacidade de 50% e, conforme foi relatado em uma Live no meu Instagram, voos completamente lotados têm sido uma realidade durante a pandemia.

No dia 2 de junho de 2020, escrevi um artigo sobre as medidas sanitárias adotas pelas cias aéreas brasileiras, porém o conteúdo dos links, que estavam disponíveis na época da publicação, ou foram tirados do ar ou foram alterados e deixaram de fazer menção ao distanciamento social no interior das aeronaves.
4. Conclusão
O que você achou da pesquisa?
Você já viajou de avião durante a pandemia?
Participe com sua sugestão, opinião, deixando um comentário ou dúvida no espaço ao final deste post!
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Comments
2 CommentsGuilherme
jul 21, 2020Otimo artigo, Leo.
Eu me sentiria muito mais seguro e estimulado a viajar de avião.
Leonardo
jul 22, 2020Olá, Guilherme.
Acredito que, no momento atual, o bloqueio dos assentos centrais é uma medida importante. Ainda há muitas incertezas sobre a Covid-19.
Abraço!